sábado, 23 de setembro de 2006

Ao Dinoussauro

O Dinissauro. Eu vi-o, numa rua perto da minha,
entre lúcido e ácido momento, com o mundo nas mãos.
O seu olhar traçava uma perpendicular ás raparigas,
ao mesmo tempo que o seu estômago bolsava um estranho cheiro a mar morto.
Naquele momento, enquanto a terra aparentemente adormecida,
o dinossauro despertava anunciando a eternidade.
Passeava nos sonhos das donzelas,tacteando avilmente os seus peitos
que brotavam vozes de desejo.
Todas as noites, a hora certa, tamanho animal uivava do cimo da colina,
num som estonteante, libertando um baba que escorria o monte, que acalmava
as queimaduras das virgens moças até as virgens santas.
Na única casa do monte, de uma pequena janela estava uma menina,uma linda menina, Heidi de seu nome.
O seu olhar doce e coração arritmado fez uma pergunta há muito desejada:
Como te chamas?
O dinoussaro parou o seu grito orgásmico como se tivesse a copular com mundo e disse o que nunca antes dissera:
Meu nome é Rui !
Já não havia tubarões no mar...

2 comentários:

Sérgio Leal disse...

Adoooooorrrreeeiiiiiiiiiiii

Shiva disse...

Também deves ter passado o verão a jogar sudoku...