É assim, com grande pesar, que os Nanikos vêem chegar o fim de uma grande instituição, que desde sempre permitiu a todos nós, alcançar patamares invejáveis, até às figuras mais boémias do nosso século. Local de convívio entre nanikos e associados, desde sempre o Bar da Associação Desportiva do Fundão, ou Tasca do Índio para os amigos, foi um local de culto. Com a sua arquitectónica vanguardista e decoração peculiar e acolhedora, o “Índio”, como tão carinhosamente lhe chamamos, foi sempre um dos mais importantes locais de encontro e reencontro dos membros do nosso clube desportivo. Com base num largo historial de “bombas”, fica claro que o encerramento deste “berço” não é tomado de animo leve por nenhum de nós. Infelizmente, esta situação não é novidade recente. O encerramento da tasca vem na sequência de um plano engendrado por inimigos do nosso adorado clube desportivo. Como é possível deduzir, o volumoso leque de vitorias, tende a criar certas “animosidades” por entre aqueles que com menos desportivismo se vêem humilhados dentro de campo pelo nosso futebol mirabolante. Por isso não arriscaria em ver como culpados os elementos do clube “incógnito”, que após terem sido esmagados na ultima digressão ao Café Melo’s na Freguesia de São Pedro de Moel, teriam mais que razões para por um fim, de forma tão cruel, a uma das pedras lapidares do nossa instituição. Mas vejo-me na impossibilidade de formular tal teoria, apenas devido a existência de indícios que antecedem a data de 31 de Dezembro, ficando assim por desmascarar os verdadeiros culpados por esta atrocidade. Enfim ... triste.
Em seguimento há que referir e repreender todos aqueles que faltaram a tal evento do passado dia 20 de Fevereiro de 2006.
Entre os quais há que destacar Bojo que se encontrava oficialmente incumbido de negociar o passe da jovem promessa nanikiana Dani. A sua falta reside apenas no facto de podendo apanhar o voo 352 da British Airwais das 3 da tarde, não o fez, tendo assim de pernoitar mais 24 horas na sede do clube Bombeiros da Floresta, sendo-lhe impossível comparecer ao evento. Lamentável.
Foi também com tristeza que Mc não pode comparecer. Também ele ausente por motivos empresariais, que o incumbiam de descobrir por terras africanas o futuro Mantorras nanikiano. Neste caso, não vejo ser necessária qualquer repreensão, pelo simples facto de que a dor sentida por Mc na altura em que se apercebeu de que lhe seria impossível estar presente em tão épica noite, é por si só, castigo suficiente.
Markito embora presente esteve muito apagado, não fazendo jus ao valor que acarreta na sua pessoa. Tudo se deveu a uma lesão, uma hérnia no pulso direito, que o impossibilitou de levantar bem alto o cálice com o sagrado liquido.
Por seu lado, Solid tentou seguir de perto os acontecimentos mas devido à sua fraca capacidade física no momento, resultante das muitas faltas que tem verificado nos treinos do clube, não conseguiu finalizar a etapa, e cortar a faixa à entrada do English. Esta fraca prestação poderá dever-se também aos recentes rumores da sua partida para o PSV Eindhoven.
Ruizinho, Bio e xicoxico, foram assim as figuras da noite tendo alcançado a tão aclamada entrada do English, correspondendo às expectativas que o próprio evento criara em sua volta.
Mas antes que ficar tristes por ver o acabar de uma dinastia, há mais que relembrar todas as alegrias vividas e partilhadas na “Índio”, e com um forte sentimento de nostalgia embebido de um sorriso rasgado, brindar à grande Tasca e gritar bem alto “Hoje estamos aqui, amanhã onde estaremos, a única coisa que sabemos, é que D. Policarpo beberemos, viva Nanikos”.