domingo, 15 de outubro de 2006

Novo WC

Viste que o blog dos nanikos já feda com os meus dejetos tipográficos, criei uma casa de banho online para todos os cagões.

A casa do banho xico está ao dispôr de qualquer cú que se queira desfazer em merda

http://aCasaDeBanhoDoXico.blogspot.com

Corrida do Tejo

9h de domingo (15/10), hora ideal para mais um treino..
Enquanto decorria a preparação psicológica para mais uma "etapa", decido vir cuscar as fresquinhas e gordas dos jornais.. vitória do slb blá blá blá.. mi mi colli etc..
Por acaso chego a abrir a página oficial da corridadotejo.com para ver se havia novidades,quando me deparo com a seguinte mensaguem " inscrições esgotadas"..
Logo este ano que pensava estrear-me, contando com a presença de dois elementos fulcrais no seio nanikiano,são eles Sá e Xico, quer dizer, eram!
Spetacular.. fico fudido..

Plano Lisboa abortado?

maybe..

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

A vaca que ri

A vaca que ri mora na minha rua,
Passa a noite a mugir como não houvesse amanhã.
A sua língua lisa e o seu corpo endeusado
Encalha qualquer homem na porta 18.
É o manjar dos deuses dizem eles.
É a vaca mais feliz que alguma vez vi,
No seu rosto um rasgo de satisfação.
A rua virou um curral e os animais estão doidos.
Peregrinação de bovinos e caprinos fazem do curral o éden,
Adão e Eva deliciam-se.
A vaca que dantes tinha sido cobra frigida,
Anseia por se tornar agora numa porca.
Estamos no tempo das vacas magras,
Ser leitão ainda rende, é comer até ao tutano, nem a pele escapa- diz a vaca .
A vaca desaparece e a porca ganha asas,
Guinchos para aqui guinchos para acolá.
O som agora é desconfortante.
Ninguém dorme e os miúdos não têm descanso,
Mão para aqui mão para acolá.
Ninguém sabe o seu nome e não interessa,
Apenas tem de ser uma porca que ri.

Oxala

Oxalá

Oxalá que todas as vacas sejam assim,
brancas e malhadas.
Oxalá que todas as vacas sejam indianas,
sagradas e com pinta.
Oxalá que todas as vacas sejam boas vacas,
como esta e aquela.
Oxalá que todas as vacas não nos façam de touros,
cornudos e encornados.
Oxalá que de vacas, vacas não sejam.
Oxalá.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Joe

Puro Lusitano galopando no éden,
Colhes as frutas dos deuses e fermentas o mundo dentro de ti.
A tua força é maior de qualquer homem,
És o animal, transpiras a sabedoria e transbordas o amor.
Coração de dragão, cheio de octanas,
Matas a serpente e conquista os poderosos.
Fazes da uva o melhor vinho: encorpado e aveludado,
E conquistas as mulheres mais perfeitas.
Tornaste-te no Ás das cartas, no rei dos castelos,
No homem na lua, no deus na terra.
Divide a tua alegria, sem medo,
e abraça-nos com a tua saudade.
Ámen.

sábado, 7 de outubro de 2006

Sorte.

Já Pessoa dizia: “ sorte se sorte te é dada”.
Cambaleando pelo trilho,
o suspiro da crença abafa o “rodeo”.
A sorte pode ser do tamanho da nossa rua,
bem como do tamanho da nossa cidade.
Tudo fica ou nada sobre,
Tudo quer ou tudo salta.
A sorte tem tamanho,
se a vida sorte tem.
Mas como o verso,
tudo acaba.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Sempre genial....

Existe sempre o genial.
Genial é sempre uma palavra difícil de aplicar e quem sabe de classificar. Não!
Eu sou genial!
Genial não é ser artisticamente transcendente ou literariamente fora do comum, é muito mais.
Eu sou genial na medida em que genialmente amo qualquer coisa.
Eu consigo amar da mesma forma a minha mãe e uma pedra da calçada que trago para casa e guardo bem guardado.
Estranha comparação:, dizem!
Eu sei amar genialmente o que pode ser amado, eu consigo amar o ar mesmo sem alguma vez o ter visto.
O genial é a postura, é a estrutura mental.
Procuro estudar o que me rodeia para subtilmente conseguir ser genialmente eficaz.

Uma escorregadela aparece…meros actos cientes mas não lógicos descaíram-me para imbecilidade , estou afastado do genial?
Não! Fui genialmente imbecil.

Sempre genial!

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Há coisas que nunca mudam

A rapariga que passa do outro lado da rua
É igual à outra que vi na estação.
O jeitinho de andar suspenso no ar
Entrega-lhes uma beleza perturbante.
Os seus seios içados por um anzol
Deliciam as calças dos transeuntes.
Banhadas em baba escorregam para chapa,
Os homens já arregaçam as mangas.
A rua virou um churrasco,
A Porca já está na brasa.
O fumo que sai é negro como a tinta de carvão,
Negra como a alma cheia de podridão.
Todas têm o mesmo cheiro:
Deliciosamente mau e nauseabundo
Mas o sabor é sempre o mesmo…