quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Há coisas que nunca mudam

A rapariga que passa do outro lado da rua
É igual à outra que vi na estação.
O jeitinho de andar suspenso no ar
Entrega-lhes uma beleza perturbante.
Os seus seios içados por um anzol
Deliciam as calças dos transeuntes.
Banhadas em baba escorregam para chapa,
Os homens já arregaçam as mangas.
A rua virou um churrasco,
A Porca já está na brasa.
O fumo que sai é negro como a tinta de carvão,
Negra como a alma cheia de podridão.
Todas têm o mesmo cheiro:
Deliciosamente mau e nauseabundo
Mas o sabor é sempre o mesmo…

2 comentários:

Shiva disse...

...e a freakalhada também nunca muda, venha ela de onde vier...

Sérgio Leal disse...

Que comer porca! e de preferencia com os seios num anzol ;)