quinta-feira, 29 de março de 2007

BEST Courses

Lista de cursos

Não sei se conhecem isto, eu não conhecia...recebi hoje um mail e parece ser porreiro. É pena é os prazos para o Verão 2007 terminarem já dia 1 de Abril...mas fica a informação. Como nós (portugueses) somos coitadinhos e pertencemos à categoria 3 (ao lado dos países de leste quase todos) só pagamos no máximo 2/3 da taxa máxima (45€) o que dá a módica quantia de 30€ por 1 ou 2 semanas no estrangeiro com alojamento e comida e direito ao curso. Só temos que pagar a viagem...

Este por exemplo para ser bem interessante -> 10 dias na Turquia por 30€

Requirements for participants: Will to taste Red & White, Challenge 12% !
Examination type: Written Exam and Practical Work
Estimated number of learning hours: 30
Lodging during the event: Dorms of Middle East Technical University
Food during the event: 3 Meals / Day (Free of charge) Provided by BEST Ankara
Transportation during the event: Both the public transportation and the intercity travels according to the schedule will be provided by Ankara.

O Challenge 12% parece ser particularmente interessante, e necessariamente poderia ser uma oportunidade de alguns de nós brilharmos...

In Taberna Quando Sumus

In taberna quando sumus,
non curamus, quid sit humus,
sed ad ludum properamus,
cui semper insudamus.
Quid agatur in taberna,
ubi nummus est pincerna,
hoc est opus, ut queratur,
sed quid loquar, audiatur.

Quidam ludunt, quidam bibunt,
quidam indiscrete vivunt.
Sed in ludo qui morantur,
ex his quidam denudantur ;
quidam ibi vestiuntur,
quidam saccis induuntur.
Ibi nullus timet mortem,
sed pro Baccho mittunt sortem.

Primo pro nummata vini ;
ex hac bibunt libertini.
Semel bibunt pro captivis,
post hec bibunt ter pro vivis,
quarter pro Christianis cunctis,
quinquies pro fidelibus defunctis,
sexies pro sororibus vanis,
septies pro militibus silvanis.

Octies pro fratribus perversis,
novies pro monachis dispersis,
decies pro navigantibus,
undecies pro discordantibus,
duodecies pro penitentibus,
tredecies pro iter agentibus.
Tam pro papa quam pro rege
bibunt omnes sine lege.

Bibit hera, bibit herus,
bibit miles, bibit clerus,
bibit ille, bibit illa,
bibit servus cum ancilla,
bibit velox, bibit piger,
bibit albus, bibit niger,
bibit constans, bibit vagus,
bibit rudis, bibit magnus.

Bibit pauper et egrotus,
bibit exul et ignotus,
bibit puer, bibit canus,
bibit presul et decanus,
bibit soror, bibit frater,
bibit anus, bibit mater,
bibit ista, bibit ille,
bibunt centum, bibunt mille.

Parum durant sex nummate,
ubi ipisi immoderate
bibunt omnes sine meta,
quamvis bibant mente leta.
Sic nos rodunt omnes gentes,
et sic erimus egentes.
Qui nos rodunt, confundantur
et cum iustis non scribantur.

Carmina Burana

sexta-feira, 23 de março de 2007

Duelo em Belém

Antes de mais, uma palavra de desprezo para o pavilhão do Belenenses. É feio, quente e escuro. E ainda por cima os adeptos sentados nas bancadas não conseguem ver na sua totalidade o recinto de jogo, o que denota uma total falta de respeito pelo público. Perante isto, como é que os seus apaniguados têm o descaramento de se auto-intitular o 4º grande? Não há maior cego do que aquele que não quer ver, sempre ouvi dizer. O Belenenses não passa de uma instituição autista e provinciana que devia ser enviada em correio azul para os distritais. Mas adiante.

Habituada a jogar em grandes palcos, a ADF não conseguiu adaptar-se ao ambiente amazónico que se vive no interior daquele pardieiro. Por isso, foi miseravelmente derrotada por 6-4. Sentado na bancada, Bukowski seguia as incidências de jogo com a calma e a profundidade analítica que lhe são sobejamente conhecidas, qual manual aberto. “Penso que há uma desadaptação técnico-táctica do número 11 da ADF ao esquema de jogo arquitectado pelo professor José Luís”; “o tempo-espaço de jogo do Belenenses devia ser encurtado através de uma pressão constante sobre o transportador da bola.” Contudo, mais do que um bom desafio de futsal, Bukowski preza semper et ubique o desportivismo. No final do jogo, apesar de vergados a uma derrota que pôs em causa o acesso da sua querida ADF aos play-off, bateu palmas calorosas aos vencidos e aos vencedores. “Muito bem Belenenses. Mereceram ganhar, os meus parabéns!” Ao aproximar-se do recinto de jogo para felicitar um jogador da cruz de Cristo que estava sentado no banco, foi insultado de uma forma abjecta e absolutamente gratuita. A arenga do jogador de azul seguiu a cartilha do costume: “Filho-da-puta-vamos-lá-fora-porque-lá-fora-é-que-a-gente-conversa-anda-lá-seu-maricas-de-merda!”. Impávido, Bukowski sacudiu a sotaina negra e tentou chamar à razão o exaltado jogador. “Tem calma, meu irmão. Olha para a Cruz de Cristo que envergas no teu equipamento e lembra-te que somos todos filhos do mesmo Pai. E lembra-te também que ganhaste o jogo. Não há maior derrotado do que aquele que não sabe ganhar.” As sábias e sensatas palavras do jovem Bukowski não tiveram qualquer efeito nos furores do jogador. Selvaticamente, continuou a desafiá-lo para um combate corpo a corpo. Perante a sua intransigência, Bukowski decidiu ceder às provocações e submeter-se, em nome da Jure, a um duelo mortal.

***


Belém, 18:45 da tarde. A eterna rotação terrestre afunda o Sol nas águas frias do Atlântico. Um veleiro iluminado de laranja sulca o azul do Tejo, deixando atrás de si um rasto de espuma branca. À beira-rio, os Mosteiros dos Jerónimos e a Torre de Belém são envolvidos na bruma, ganhando contornos fantásticos. Cada pedra de calcário sussurra a grandeza passada de Portugal. Liderada pelo olhar visionário de D. Infante Henriques, a ínclita geração contempla o lugar onde a terra acaba e o mar começa. Um gato de riscas amarelas espoja-se preguiçosamente no chão morno, tomando os últimos banhos de Sol.

Belém, 18:45 da tarde. Lentamente a multidão vai preenchendo os lugares do estádio. Cachecóis azuis e brancos e bandeiras ondulantes agitam-se em mãos esperançosas de um desfecho feliz. Nas roulotes, senhoras anafadas de avental branco saciam a fome aos adeptos. Os hambúrgueres mirrados disfarçam mal o nervosismo que cresce à medida que se aproxima o pontapé de saída. O zumbido ininteligível da turba é substituído por cânticos de incentivo às respectivas equipas. Nos balneários, treinadores tensos dão as últimas prelecções aos jogadores. No final, sorte e azar terão definido quem é quem na estrada da Europa.

Belém, 18:45 da tarde. Um bando de andorinhas silenciosas rasga o céu crepuscular. Os círculos que descreve sobre o Tejo auguram um funesto acontecimento. À beira-rio, os olhos dos dois contendores cruzam-se num desprezo mútuo. Os raios oblíquos do Sol incendeiam os rostos separados por meio metro de distância. Ambos seguram uma arma mortal. O jogador da Cruz de Cristo tem na mão direita um sinistro pastel de Belém polvilhado de canela, sanguinolenta especiaria do Oriente. Bukowski exibe um tosco Panívoro, fruto da sua terra natal, Fundão. Simultaneamente, viram-se de costas e dão dez passos. O Sol é apenas um traço laranja, náufrago na imensidão atlântica. O respirar expectante do Tejo prepara-se para o embate. No estádio, a equipa local acaba de marcar. O pastel de Belém é a primeira arma a ser projectada. O rodopio estonteante transforma-o numa guilhotina alada. Bukowski é demasiado lento a reagir. Perigosamente lento. Num salto felino, todavia, consegue escapar do projéctil que tinha como destino a sua cabeça. O pastel assobia-lhe aos ouvidos, esborrachando-se violentamente contra a Torre de Belém. Porém, Bukowski não fica incólume. Parte da canela espirrou-lhe para o olho direito, cegando-o de imediato. Zarolho, dorido e pesado, levanta-se do chão com dificuldade. O atleta do Belenenses sorri, saboreando antecipadamente a vitória.

Belém, 19:07 da tarde. A noite avança, adensando a penumbra. No céu azul-escuro, Vénus já faísca. Com a dignidade ferida, Bukowski sacode os resquícios de canela da sotaina negra e reúne as últimas forças. Num jorro de fúria e audácia inauditas arremessa o Panívoro a uma velocidade incomensurável. Os efeitos fantásticos que descreve no ar reduzem a cinza qualquer hipótese de fuga do atleta do Belenenses. O Panívoro entra-lhe como um foguete pelas goelas abaixo, alojando-se no estômago. Erguendo os braços, Bukowski solta urros de triunfo. O adversário cambaleia. A massa mal cozida do Panívoro fermenta de imediato em contacto com o suco gástrico. O estômago do atleta da Cruz de Cristo transforma-se numa pedra inquebrantável, provocando-lhe dores insuportáveis. Com o corpo sacudido por violentos espasmos, estende a mão ao adversário, num gesto de súplica e desespero. Bukowski olha-o com um ar de dolorosa superioridade e dejecta-o para o Tejo. “A glória também consiste em empurrarmos o nosso adversário para o abismo”, diz enquanto contempla o brilho sonhador de Vénus.


       ***

Com grossos braços, Angeja arremessa Bukowski ao ar numa alegria desmedida. Paulo Pinto chora encostado ao ombro de Nuno Couto, prometendo-lhe que no próximo jogo faz um hat-trick. A ADF está salva. O brilho redentor das estrelas disseminadas pelo céu diz claramente que o sonho da manutenção continua já amanhã.


segunda-feira, 12 de março de 2007

No ano passado foi assim..

O grande prémio de atletismo Município do Fundão, realizado a 2 de Abril de 2006, contou com a presença da grandiosa instituição Nanikiana.
A comitiva dos Nanikos marcou presença na “capital” do atletismo do nosso distrito, fazendo-se representar pelos seguintes atletas:
Dorsal 302 – Gonçalo Salgueiro (Gonzales – a mais recente aquisição do plantel)
Dorsal 303 – Marco Ricardo (dispensa apresentações)
Dorsal 304 – João Mesquita (Bojo, uma estreia no atletismo)
Dorsal 305 – Nuno Ribeiro (Bio – outra estreia neste desporto, partia como sério candidato ao podíum) ...
Classificações...

O momento marcante do dia foi a ovação dos adeptos, simpatizantes e do público em geral aos atletas dos Nanikos, quando estes subiram por duas vezes ao podium para receber o trofeú de 4º lugar por equipas, e ainda o 1º lugar em equipas do concelho não federadas.


Este ano no dia 1 de Abril de 2007 irá realizar-se a prova de atletismo designada: GRANDE PRÉMIO DE ATLETISMO MUNICIPIO DO FUNDÃO - CEREJEIRAS EM FLÔR que para o escalão de seniores/absolutos terá a distância de 10 km.

Em relação às inscrições, estas são gratuitas, contudo terminam no dia 29 de Março.
No que concerne a prémios, para além das taças, medalhas individuais, mas referir a existência de prémios para equipas do concelho do Fundão (não federadas).
1º lugar - 50 € , 2º lugar- 30 €, 3º lugar - 20€.

Assim proponho criarmos 3 equipas de nanikos, cada uma composta por 3 elementos...
no final com o dinheiro proveniente do prémio, far-se-á uma jantarada com todos os elementos participantes..

Preciso de saber quem quer participar! (deixem comment com o vosso nome a confirmar a vossa presença)

Aquele abraço

quinta-feira, 8 de março de 2007

Acto de Inverno

Que luz é esta que devassa a escuridão do meu quarto? E este céu celestial pintado de fresco? E o trinar nas árvores ondulantes? Quê?! É já a Primavera? Não, não pode ser. Ainda agora fiz um chá de camomila para celebrar a entrada no Inverno. Para trás monstro primaveril! Este ainda não é o teu Tempo! Que artifícios enleantes trazes no teu bojo? Que mil promessas vãs? Quantos e quantos desejos lançados às estrelas para acabarem desfeitos em lágrimas de sal? Para trás! Não me venhas com o teu pólen alérgico que me faz chorar os olhos! Pára! Volta a apanhar o comboio que esta ainda não é a tua Estação!

Vamos Inverno! Volta a impor-te. Reclama o teu Tempo. Convoca os aliados das montanhas gélidas onde as neves são eternas! Chama as nuvens mais negras e cordas de chuva! Dá-me o frio e o recato da lareira, por favor! Quero as pantufas e as camisolas grossas de lã. Dos teus longos cabelos alvos faz cair flocos de neve. Vamos! Fere mortalmente o sol cálido, a melodia metálica dos grilos e todas as manifestações do mostrengo primaveril. Que a Natureza volte a ser árida e espectral! Que nada desponte do regaço da terra!

Sabes Inverno, a Primavera é uma puta cínica que nos arrebata para depois nos destruir implacavelmente. Nela tudo é dispersão, movimento, utopia, cor e cheiro. A razão transforma-se em loucura e o bom senso em imprudência. O sangue ferve por desejos inalcançáveis. Espero que o teu hálito gelado faça uma vez mais tremer de frio esta Primavera fora de Estação e a expulse para o fundo dos tempos…

domingo, 4 de março de 2007

sexta-feira, 2 de março de 2007

Queriam magia?

elege o teu preferido... o Van Basten está lá.... o 1º nome diz tudo:D