sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Relatório da UE sobre o alcóol


"A UE é a região com maior consumo de álcool do mundo, embora os 11 litros de álcool puro bebidos por cada adulto em cada ano são ainda assim um decréscimo significativo do recente pico de 15 litros em meados dos anos 70. Os últimos 40 anos também viram uma harmonização nos níveis de consumo na UE15, com aumentos na Europa Central e do Norte entre a década de 60 e 80, e acompanhados por uma consistente descida na Europa do Sul." in O ÁLCOOL NA EUROPA Peter Anderson e Ben Baumberg INSTITUTE OF ALCOHOL STUDIES,INGLATERRA

Vamos todos batalhar para regressarmos aos bons velhos tempos. Além disso vejam a vergonha que é ocupar uma posição de 2ª metade da tabela. Temos que aprender mais com os húngaros, lituanos e checos.

Para mais informações vejam o relatório completo

Terras do Xisto 2006 - Dia 2

23 de Agosto de 2006 – Dia 2
E eis que ao raiar do sol uma bela pintura se levanta por trás de mim, pois ao deitar-me no leito duro do coreto em Fajão não me apercebi da magnífica paisagem que o rodeava. Nada melhor para começar o dia portanto. Hoje é o meu dia de conduzir, pois até agora só conduzi durante a noite. Mas primeiro uma banhoca na piscina de Fajão, de borla como a gente gosta.
Seguimos caminho pela serra do Açor em direcção a Piódão, aldeia que não fazendo parte da rede do xisto, faz parte das aldeias históricas de Portugal. Um caminho deveras penoso que se estende por cerca de trinta quilómetros até chegarmos a um vale onde repousa a aldeia de Piódão. Ao chegarmos à aldeia notamos uma azáfama anormal para este tipo de localidades, ah, mas isto é uma aldeia histórica, com uma projecção a nível nacional e tornada local de turismo local por excelência, não fosse exemplo claro disso a pousada do INATEL à entrada da aldeia. Se por um lado é uma aldeia bonita como qualquer outra das mais belas que visitámos nas terras do xisto, por outro é uma aldeia com uma finalidade, fazer dinheiro. Não é uma aldeia portanto, portanto para observar costumes e tradições perdidas, vidas descomplicadas e ao ritmo da rotação do planeta. É sim um sítio para observar o turismo rural, mal chegámos um homem dirigiu-se a nós com copos de shot e serviu-nos licor de casca de pêssego (caseiro segundo o vendedor) e licor de mel, nada mal para quem estava em jejum. Acabámos por cair na tentação e comprámos uma garrafa de licor de casca de pêssego por oito euros. Depois de visitarmos as ruas da aldeia e de modo a mantermo-nos no percurso seguimos viagem em direcção a Benfeita onde planeámos almoçar.
Benfeita não é propriamente uma aldeia com muito xisto, no entanto apresentou-nos outros atractivos bem diferentes. Assentámos arraial em frente da Junta de Freguesia para almoçar a típica marmita de pão, queijo, chouriço e presunto. Colocámos o licor a refrescar num ribeiro logo ao lado, ribeiro esse que serviu para baptizar o Manolo, o Rui e o Marquito. Finda a refeição falámos com um habitante que por ali passava de modo a sabermos os locais de interesse do povoado. Ficámos então a saber que perto dali existiam umas cascatas que frequentemente eram visitadas pelos turistas que por ali passavam. E assim nos dirigimos ao paradisíaco local que fervilhava com população humana. Umas bonitas setas (umas vermelhas e outras azuis, não percebi a diferença) indicavam o caminho que subia pela montanha, ora por meio de escadas escarpadas na pedra, ora por pontes de madeira, ora por simples trilhos de terra batida, e a cada paragem para ganhar fôlego um novo socalco em forma de lago com uma cascata. Após alguns minutos a subir e passando as cascatas, sem ver ninguém, com o calor a apertar e a sombra a escassear achei melhor voltar para trás e regressar ao carro. Afinal ainda só vamos na sexta aldeia do roteiro...
E assim foi o último contacto com aquilo a que se pode chamar uma réstia de civilização neste dia, pois o nosso trilho iria-nos levar onde muito pouca gente foi. Ao entrarmos verdadeiramente na serra da Lousã e ao viajarmos pelos vértices do quadrado mágico disposto ao longo das encostas da serra finalmente o Portugal profundo tão prometido agora encontrado! Comareira, aldeia com apenas quatro habitantes, pois o quinto tinha falecido recentemente de doença na cabeça, segundo a Dª Maria do Céu, a nossa guia se é que se pode chamar guia a uma pessoa que nos fala de uma aldeia com 3 ou 4 casas e habitantes a condizer. Esta aldeia localizada ao cimo da primeira de muitas subidas em 1ª no Suzuki mostrava uma bela vista sobre os territórios circundantes, de facto a melhor visão que aqui se podia apreciar. No que diz respeito ao xisto, pouco abundante mas marcante nas (poucas) casas. E siga a banda!
Passemos ao segundo vértice, Aigra Velha, escondida nas entranhas da serra tal como o Postiga se esconde entre os centrais. Desolação total é talvez a expressão mais indicada para descrever esta aldeia. Ao contrário de Comareira o xisto aqui é rei e senhor. Se não me falha a memória apenas uma casa não era feita de xisto. No entanto não havia ninguém a habitá-las. Nem uma alma se via pelas ruas. A única vida provinha de um rebanho de cabras que passeava ao longo do caminho que aqui nos trouxe. Uma rápida vistoria e algumas fotos depois seguimos de novo pelo mesmo caminho a descer a serra, aplicando um pouco mais de velocidade no motor para testar a máquina. Um desvio à esquerda em direcção a uma pequena povoação que confirmamos tratar-se de Aigra Nova. Sem sairmos do carro atravessamos a aldeia e também não avistamos ninguém. Sítios desolados. No entanto a maioria das casas de xisto estão em obras, provavelmente para turismo rural no futuro. Já à saída da aldeia uma senhora num alpendre descasca batatas para um alguidar, tendo por única companhia um pequeno gato. Paramos e conversamos um pouco com ela que nos diz ser uma das duas habitantes de Aigra Nova. Também descobrimos, enquanto perguntamos por direcções, que vive uma família de cinco em Aigra Velha (provavelmente na única casa que não era de xisto, pois as gentes destas zonas não gostam muito do mineral e preferem ver as casas forradas a branco). E com direcções para o último vértice do quadrado mágico seguimos novamente serra acima até ao cruzamento de Aigra Velha e descemos ainda mais profundamente para Pena, uma aldeia bem lá no fundo, junto a um ribeiro que serviu obviamente para baptismo. Alguma conversa com um dos locais e descanso depois, damos uma volta pela aldeia. Fiquei com a sensação de que era uma aldeia bem mais habitada que as anteriores, digamos com cerca de vinte habitantes, e ao mesmo tempo uma aldeia com a b(u)onita estampa do português emigrante que regressa à terra que o viu nascer para contruir o último bastião que servirá de repouso final.
E com isto voltamos de novo (ai a minha 1ª) serra acima até ao cruzamento de Aigra Velha (se a serra fosse Lisboa, este cruzamento era o Marquês de Pombal) e seguimos caminho atravessando a serra para a encosta Sul/Sudoeste, não sem antes ver a provável matriarca da família de cinco que habitava tão desolada povoação. E que longa viagem foi esta através da serra, que impressionou pela sua verdura tão abundante nestas paragens e que tanta falta nós faz a nós beirões (teoricamente serra da Lousã também é Beira mas pronto...). Pinhais onde em pleno dia não entrava um raio de sol de tão cerradas as copas eram. Talvez meia hora ou mais depois lá chegamos a uma estrada de alcatrão que nos leva em direcção à Lousã mas pelo caminho passamos pela aldeia de Candal, que estrategicamente colocada na estrada nacional é paragem obrigatória neste roteiro. Uma aldeia que faz lembrar duas torres gémeas pois a sua dispersão faz-se em U, como se tivesse duas zonas díspares com uma fonte no meio para uso de ambas as partes. Muito xisto foi usado nesta aldeia, inclusive para pavimentar um riacho que passava no meio da povoação. Como se aproximava a hora de jantar começámos a discutir os planos para a refeição e o sítio para dormir (um conselho para todos os vagabundos que vão dormir na rua em viagem: escolham a vossa cama enquanto o Sol não se põe, pois no escuro tudo se complica...). Como o plano inicial era dormir perto da Lousã e Candal estava a cerca de 10km da vila sede de concelho (embora pela estrada serpenteante mais parecessem 50km), procurámos um local para dormir em Candal e encontrámos um miradouro bem apetecível, mas que provavelmente sendo particular e Candal sendo uma aldeia com cerca de 40 ou 50 habitantes, segundo informações locais, desistimos de ocupar por receio de causar problemas a quem quer que os quisesse criar. E sendo assim continuámos viagem à luz dos últimos raios de Sol do dia em direcção à civilização. Mas, encontrando uma placa que dizia Cerdeira 500m, e estando Cerdeira no nosso roteiro decidimos arriscar e subir a íngreme estrada até um beco sem saída (mais uma vez a serpenteante estrada de calhaus e terra batida fez com que parecessem 5km mais do que 500m) onde militava uma igreja, casa do Senhor, refúgio da pessoa católica. Pelos vistos, não são permitidos carros para Cerdeira, bom vamos a pé. Para além do Suzuki apenas um Mercedes estava estacionado no largo. Seguimos alguns metros por um pequeno trilho pavimentado a xisto e uma ponte de madeira sobre um riacho até entrarmos na aldeia. Todo o piso estava pavimentado a xisto e todas as casas ostentavam aquilo a que vínhamos (exceptuando uma casa, já caída de podre que estava caiada de branco). Uma visão curiosa até agora inédita chamou-me a atenção, sendo ela uma loja de ervas. Uma loja de ervas colocada neste fim do mundo. Enfim há malucos para tudo. Pouco depois encontrámos um senhor que regava o seu quintal, de férias com as suas duas filhas e que nos confessou existir ali uma propriedade destinada para agricultura biológica, provavelmente o mesmo dono da loja de ervas. Através dele ficámos a saber que viviam oito pessoas na aldeia permanentemente, mas que em tempo de férias a população aumentava. Tenho que fazer aqui uma pausa para dissertar um pouco sobre alguns pontos que acho interessantes mencionar nesta altura. Ao longo de toda a viagem não raras foram as vezes que ao entrarmos em aldeias que contavam com menos de uma ou duas dezenas de habitantes, e com tão poucas casas para serem habitadas nunca víamos mais do que, digamos 10% da população (salvo a rara excepção de Comareira onde eu e o Rui conhecemos 75% da população por não termos medo de cães ). Outro ponto importante frisar foi o de que apesar de Cerdeira até ter mais habitantes que outras aldeias previamente visitadas nunca me senti tão isolado como aqui. O simples facto de existir um pequeno trilho até chegar à aldeia deixou-me contente por verificar que ainda há locais habitados onde o progresso não chegou e principalmente não destruiu a ordem natural das coisas. De facto estávamos tão isolados que quando chegou a hora de jantar (tínhamos decidido jantar e dormir no largo da igreja onde estava colocado estrategicamente um “barbecue” construído pela população da aldeia para os dias de festa), assámos chouriça e só quando a luz do sol falhou nós apercebemos que a aldeia não tinha electricidade e estávamos no escuro. Tive que ligar as luzes do carro e com a ajuda da minha lanterna e da do Manolo lá nos desenrascámos e o manjar até foi bem bom, chouriça e presunto assados com pão e tinto traçado a 7up e licor de casca de pêssego a acompanhar. Um repasto digno de um vagabundo abastado que não olha a meios para abraçar a total experiência do seu propósito (não sei se haverá alguma hierarquia no mundo da vagabundice mas eu começo a subir no ranking). Até aqui tudo bem, mas como mencionei antes a falta de luz parecia incomodar algumas pessoas que (sem mencionar nomes, tirando o Bio que tenho que dizer pois confessou-nos a teoria mais espetacular que ouvi nos últimos tempos, a de que os ursos vão dominar o mundo num futuro próximo, qualquer coisa sobre conseguirem sobrepôr-se aos humanos) ao ouvirem o mínimo barulho saltavam no ar bradando a plenos pulmões alarmes sobre ursos e linces e violadores que se arrastavam pela floresta. Com o tempo e o final da refeição vieram as perguntas, “e se aparece um urso?”, “e se aparece uma alcateia de lobos?”, “e se aparecem uns gajos bebâdos e nos matam?”. Toda esta mariquice/paranóia alastrou-se como uma praga num filme do George Romero e a gota de água aconteceu quando um gato estava a 3 metros de nós a lamber o papel onde a chouriça assada tinha repousado sem ninguém saber. Não estava lua cheia mas de facto não se via para além de 2 metros a nossa frente, e mesmo esses era com dificuldade. No entanto por maioria lá se decretou que fôssemos dormir a Lousã. Em minha defesa devo referir que sempre fui contra esta ideia pois uma das regras do vagabundo que aprendi e já referia acima é escolher sempre o local para pernoitar quando ainda há luz para tal. Assim lá conduzi o carro até à Lousã onde beberricámos umas minis numa esplanada até sermos expulsos por volta da meia noite. A Lousã não tem noite nenhuma ou então passámos muito longe dela. É que nem a discoteca “Padaria” parecia animada. Depois começou o martírio, encontrar um local para dormir. Obviamente nenhum dos presentes conhecia os arredores e portanto toca de seguir para onde parece que há sítios fixes para dormir. Fixe ou não chegámos a um sítio que até parecia bem escondido mas tinha uma placa que dizia “Campo de treino de caça”. Era capaz de ser um bocado inconveniente acordarmos com o rabo cheio de zagalote e com cães a arrastarem-nos pelas pernas. Finalmente regressamos pela estrada para a serra mas em vez de seguirmos para o primeiro local acordado em Cerdeira cortamos antes e andamos uns quanto quilómetros até desistirmos de andar (supostamente o caminho levar-nos-ia a um parque de merendas, mas foda-se, fazer 50km para comer uma merenda sentado num banco de madeira mais vale faze-lo numa pedra). Assim deitados numa placa de cimento e com alguns montes de areia em redor lá nos deitámos. Dois dedos de conversa depois começam os primeiros a cair, e tal como tinha previsto as minhas insónias aliadas ao roncar incessável dos meus companheiros não me deixou dormir. À minha direita o Manolo ressonava abundantemente, seguido pelo Rui e à minha esquerda o Marquito acompanhava-os numa orquestra infernal. Só o Bio me deixava em paz. Pois bem agarrei no saco-cama e afastei-me alguns metros, o suficiente para deixar de os ouvir e conseguir dormir em relativa paz.

Danceteria

São 6h28 da manha, de quinta para sexta e
aqui estou eu a tentar escrever alguma coisa, embebido até mais não!

A história reza assim:
Eu e o zezito dirigimo-nos para a caixinha de música – English Bar!
Bêbados que nem um caixo procuramos a diversão.
Fomos corridos a porrada, como mais poderia ser….
Não no sentido literal, caso o zezito astutamente não tivesse chamado a policia.
A casa de banho estava toda vomitada e não havia a chamada “distância higiénica” da qual o porteiro me falava!!
A minha resposta foi…quem lhe dera ser tão aciado quanto eu!!!
Os olhos reviraram, e os músculos da porta ameaçavam-nos de porrada.
Eu numa tentativa vã tentava-lhe explicar o predicado e o sujeito fui questionado:
Onde estudas?
Coimbra - respondi eu!
Logo vi - disse o músculo direito para o esquerdo.
Prontamente lhe perguntei:
Porque? Não entendes o que te pergunto? Afinal falamos a mesma língua !!!
Vocês são diferentes!!!
Eu sou pela força vocês são pelo nada……


Tudo começou quando o Zé lhe pediu o livro de reclamações!
Prontamente foi lhe perguntado, se prefiria levar na cara…nos tomates ou nos dois|
Tudo isto porque o Zé disse: “ Sujeito é capaz de me arranjar o livro de reclamações?”
O tipo passa-se.”SUJEITO” a mim ninguém falta ao respeito?Nem a minha mãe? Não é Marta? (Pergunta retórica.)
Eu coço a cabeça e digo:
E que mal tem?? Preferias que dissesse: Ohhhh gaijo traz me o livro de reclamações??
Sem resposta… a policia chegou….!!!
Policia – Oh amigo tem a certeza que quer fazer isto, depois de cumprimentar de beijo e pancadinha nas costas ao dono da espelunca bimbal!!
É claro suAs bestas, disse eu para mim próprio…..
Depois de tanto falar…de tantas hormonas no ar, deitei tudo para trás e arrastei o zezito!
Como é possível….a policia pactue com esta gente... a justiça é um caracol sem tempo…….!
Só digo: Ainda bem que não estudo direito, mas ser endireita neste país dá muito trabalho e pouco pão!!



Se o texto estiver incompreensivel...estou bem a cagar.....

Enlish SUCK´s

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Tetas vindimadas

Do outro lado da rua iam elas,
mais quentes que um cachecol.
Aqueciam as costas à dona
e engatavam os calcanhares.
O policia do outro lado da rua já dava sinal,
o fogo estava ateado.
Um catraio mijava contra os queixos,
e de seus bolsos saia um formigueiro.
A rua estava embrutecida.
O terreno já estava lavrado,
Mário, o agricultor já as tinha vindimado,
Que doce vinho jorravam roliças irmãs.
Encorpadas e sempre insaciadas,
cantavam uma velha musica do oeste.



*Ao putanheiro, ao gargantilha, ao leal namorado o que for que isso seja.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Noticias do Além

Taparam-lhe os olhos
Ou estará cego?
Não. Está Perdido, responde um sábio.
Montado num funil,
como o Aladino no tapete,
Entrou numa viagem.
Foi para longe diz o homem da Portagem.
Faz tempo que desapareceu,
Ninguém sabe dele.
Já nem os cães o reconhecem,
Cagam e mijam sem qualquer remorso.
Casou-se! - disse um velho do Além.
Com quem? – pergunta o padre.
Com a solidão - responde o velho
Uma águia que voava no Além
Viu com uma enxada ás costas:
Cultivava um amor cego.
No seu peito já não batia a saudade,
O seu coração estava mais pequeno.
Pobre alma. - Murmurou o padre.

[ # ] 0906

[ # ]0906


Os sinos tocam
Os badalos rebentam!
Do cimo da torre
Escorre o sonho.
Desce
Desaparece
Vulva, Volvendo-se.

Assembleias Prometidas

Chega de saudosismos

O amanha é o hoje de ontem. Passando o ontem a ser o amanhã de agora.
Tal como profetizado na obra Siddhartha, o tempo é como a água corrente do riacho. Nada é passado nada é vindouro, apenas água que corre num lugar sem espaço, nem tempo.

Não vamos recordar tristemente a história e as glórias passadas. Vamos sim escrever novos capítulos com as sábias palavras de outrora.

Vamos reinventar. Vamos progredir. Vamos celebrar, tudo aquilo que fomos e somos na direcção do que seremos. Vamos ser nanikos por uma vez mais. Por um momento que seja, o descanso deste fundão ser corrompido pela folia dos mais boémios. Vamos inquietar os milhentos pardais que dormitam por estas ruas e criar nuvens esvoaçantes de euforia e rejubile-o, no espírito dos que outrora viram o seu ser tremer face à fada verde. Para assim festejar, viver.
E uma única coisa assegura a minha alma, para o cumprimento desta visão. Sei que os melhores afugentares de passarada que algum dia este fundão já viu, por entre os seus becos e vielas, vão estar a meu lado. Com tamanha força não há bagaço que meta medo nem sangria capaz de corromper a melhor das alcoolemias.

Um poema amarelecido que me esgarçou a algibeira

Para uma puta desconhecida

Linda,
Puta das mil e uma noites,
Olhos tremendos,
Loucos, Selvagens,
Um animal perdido entre chamas

Requiem desafinado por um pároco de aldeia

Oh sede cruel! O mais cruel dos males daqueles que experimentam a cólera de Deus! Oh puta! Oh vinho! Oh bebedeira capaz de lançar sementes de ódio nos sete leitos do ganges e de fecundar todo o Egipto! Ó padre Barreiros, bebe um garrafão de vinho! Alivia o ardor que te devora a alma! E, todos os teus membros, roídos pelas ratas de sacristia, conhecerão o viço dos ancestrais verdes anos! Oh fé cristã! Por ti, limpa o senhor a atmosfera de influxos nocivos! Oh padre Barreiros! Traz as grinaldas da sepultura e a tua sotaina festiva! Vem revelar aos nanikos mortais os decretos da providência, a benéfica esporradela celestial que assusta o negrume da morte! Derrama-nos o teu vinho piadoso em gritos de júbilo! Oh Padre comacarnal! Oh padre das mórbidas viúvas! Vem mijar vinhaça no rosto abrasado do xicoxico em espasmos de alma! Dourado resplendor da borga das ninfas! Oh Padre! Extrema unção, nunca mais! Cristo nunca interromperá a sua casta melodia! Barreiros, el matador das putas e dos delinquentes! Espacem no ar os roucos gemidos das doidas! Atingiremos os pináculos da grandeza, padre! Cresce para o inferno, Barreirrinho gringo! Para uma majestosa canzanada! Graças ao eterno, penetrarás a Linda, a Carlota Joaquina, a Afrodite, a rainha D. Amélia, o Zé Laden, o El pibe! Deixa os cantos de humildade duvidosa e de devoção! Oh padre Barreiros! Enraba uma milícia de anjos ébrios!

Luz eterna para os cordeiros de Deus. Amén.

Para o palmo e meio shiva, que luta dia e noite, com denodado esforço, para alegremente difundir a sua radiação de exilado da pátria mater Lisbonne, o seguinte: os padres, mesmo os mais marcados por crimes hediondos, como o Barreiros quando recusou o bom alimento a uma criança baptizada do Eppacdm, professam um saber indispensável: tudo é de graça. Num mundo de ganância e ambição desmedida, a rectidão deste espiche não deve merecer qualquer abjecta ignomínia do parlamentar-discursivo do shiva sobre párocos. Um novo erro crasso e será de esperar a respectiva sanção autoritatas devidamente reverenciada. Pintelheira em espiral à moda da garça, de sua Eminência Cardeal Gomes, parece-me ajustado face ao delitro.

Luz eterna para os cordeiros de Deus. Amén.
tUm…TuM…tUm…..tum ___________ .

Chamem a ambulância, doutores e apêndices,
um coração parou!

Já vai tarde….

Mais um nome lapidado no museu da saudade:
“Aqui jaze Francisco Elias, o Arcaico do Fundão, o Anti-Progresso,
O mais parvo de todos”.


Morto!

Matado!

Morreu de angústia, triste e longe de casa.
Morcegos de dentes afiados atacaram-no sem avisar,
ferido esvaiu-se em sangue até morrer.

Um “shot” de bagaço do avô garcia passa por vela…

A terra já não é de ninguém,
Morreu o canto e o encanto.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

O Dilúvio Escarlate

Dentro da temática ultimamente debatida no blog, também eu gostaria de expressar as minhas opiniões sobre a cruz e o garrafão (maioritariamente) na perspectiva de uma pessoa com alguma experiência nestas andanças que se vê sozinha entre milhões na capital poruguesa.
Não é de agora, mas mais uma vez acontece-me que digo para mim próprio enquanto estou sentado numas escadas no bairro de Santos "Vou desistir de sair à noite aqui, não me consigo adaptar". Foi então que me lembrei que, passe o egoísmo, talvez não se passe nada de errado comigo mas sim com as pessoas que passam a minha frente.
Muito me entristece ver de facto a minha geração na grande maioria e mais preocupante ainda a próxima geração cair às tentações da vida citadina. Sim porque na minha óptica a cruz e o garrafão deixaram de andar de mãos dados devido ao fenómeno das grandes cidades. Senão atentem nos vossos olhos quando deambularem pelas noites citadinas (referindo-me obviamente aos grandes centros urbanos portugueses), não encontramos o culto do garrafão em lado nenhum e o mais próximo que encontramos é a profanação chamada sangria.Como todos sabemos a sangria está para o vinho como o a masturbação está para o sexo, um substituto de recurso que não está ao nível do autêntico.De facto toda a degeneração da cruz na sociedade portuguesa também está assente na modernização (necessária) dos idos costumes do Estado Novo. Hoje em dia um jovem de 16 anos prefere deslocar-se de táxi ou no carro dos pais (pobres diabos) até ao estabelecimento nocturno da moda (alusão ao fenómeno das revistas sociais, cor-de-rosa que nascem como cogumelos) para beberricar uma bebida da moda custando ao bolso dos progenitores qualquer coisa como 10% de um salário mínimo nacional por noite. Porque não deslocar-se à tasca do bairro onde o senhor Joaquim serve bom vinho por 20 cêntimos o cálice? O "drunken stupor" é mais facilmente atingido caso seja esse o objectivo, ou em alternativa pode-se sempre beberricar o néctar dos deuses (saudável como sempre) em vez de uma qualquer mistela adubada vinda de leste misturada com sumo de fruta podre.
Imaginemos agora que estamos com mais 10 ou 15 anos, casados e em vias de ser pais. Será saudável criar uma criança num ambiente altamente nocivo (urbano) onde não poderá conviver naturalmente com crianças da sua idade fora do horário escolar, onde não poderá brincar na rua até o sol cair, onde não poderá andar de bicicleta ou skate até se fartar de cair. Todas estas aprendizagens são fundamentais na construção do carácter adulto. A criança que nunca andou de bicicleta vai ter medo de cair quando tiver que a montar. De facto não é uma experiência nova para mim encontrar pessoas que viveram a sua infância numa redoma protegidos de tudo o que os rodeava, e ao mesmo tempo privados desse mesmo ambiente. Não é desta forma penso eu que se deve criar a próxima geração. Num momento em que também a sociedade lança alertas sobre a destruição do planeta, qual será a importância que a criança de hoje, adulto de amanhã dará à flora e fauna, se a sua noção de flora é a relva que serve de WC à fauna que tem a viver no seu T2.
Da mesma forma podemos mostrar que a vida saudável do campo é amiga do convívio e também da introdução preparatória aos flagelos da juventude, o alcoól e as drogas. Mas enquanto que a vida rural apenas nos apresenta estas facetas na sua forma mais pura mostrando-nos como desfrutar delas sem cair em tentação (como prega o bom livro), a vida citadina mostra-nos apenas as tentações sem nos apresentar limites. Enfim a sociedade citadina poderá ser completamente encarada como uma Sodoma e Gomorra moderna e apenas os mais astutos saberam enxergar a salvação através do garrafão e da cruz.
A geração "Morangos com açúcar" posso dizer a plenos pulmões não atingirá a salvação pois chegará o dia onde apenas os ébrios de espírito sobreviverão, um dilúvio escarlate a que apenas os mais sedentos escaparão.

A cruz e o garrafão

A igreja católica e os Nanikos FC são, por motivos diferentes, duas instituições que se encontram actualmente num estado de profunda decadência. Contudo, acredito que através de uma colaboração estreita entre ambas, nos aspectos que têm em comum, o ciclo negativo pode ser rapidamente invertido.

Incapaz de suster o ímpeto de secularização que começou a alastrar nas sociedades ocidentais a partir do século XVI, a igreja viu o seu poder ser paulatinamente subtraído à medida que a Modernidade emancipava o pensamento do homem europeu em relação à metafísica cristã. Além disso, a contestação aos dogmas religiosos dominantes na época estilhaçaram a supremacia católica quanto à interpretação dos textos bíblicos, originando uma multiplicidade de credos dos quais se destacou, pela sua importância histórica e política, o protestantismo. Assim, por estas e por muitas outras razões, chegados ao tempo presente, vemos uma igreja católica incapaz de cativar os espíritos dos mais jovens para a importância do credo cristão. Neste contexto, não será excessivo dizer que as cartas e as previsões superficiais da taróloga Maya têm mais força e adesão do que a carunchosa e arcaica (passe a expressão) cruz de Cristo.

Também os Nanikos FC se encontram, infelizmente, num estado análogo. Incapaz de continuar com uma equipa competitiva que aliasse, como nos tempos áureos, o desporto ao álcool (e vice-versa), a importância e o peso desta colectividade na sociedade alcóolico-recreativa decaiu imenso nos últimos três anos.

A juntar a este estado de coisas já de si catastrófico, há ainda um terrível flagelo que dá pelo nome de “geração-moranguinhos”. Profundamente influenciados pela deprimente série “Morangos com Açúcar”, os jovens compreendidos na faixa etária que vai desde os 10 até aos 18/19 anos perdeu a ancestral cultura do garrafão. Contudo, esta tradição que todos nós orgulhosamente ainda preservamos não foi substituída por outra melhor (se é que isso fosse possível), mas sim pelo status fútil e perfeitamente inócuo de um polo da Ralph Lauren; pelas idas, fim-de-semana sim fim-de-semana não, ao cabeleireiro; pelos telemóveis da última geração; pelas frustradas tentativas dos DZR’T em fazer algo que se assemelhe com música. E tudo isto com que finalidade? A resposta não podia ser mais constrangedora: para que os meninos estejam em sintonia com o penteado e com o toque polifónico dos seus ídolos amorangados.

O cenário não podia ser mais negro. A decadência destas duas instituições, igreja católica e Nanikos FC, representa o fim da matriz ideológica, personificada na cruz e no garrafão, que durante séculos norteou o espírito dos nossos antepassados para obras valorosas que perdurassem para além da efémera condição humana. Sem inspiração divina não existiria a capela Sistina; sem o álcool não teria havido Fernando Pessoa.

Contudo, um raio de esperança iluminou-me quando estava a ler o livro “Ressurreição” de L. Tolstoi. O excerto da obra que me encheu de esperanças é o seguinte:

“Após ter-lhes perguntado como se chamavam, o sacerdote tirou cuidadosamente, com uma pequena colher, os bocados de pão ensopados de vinho e introduziu-os profundamente na boca de cada uma das crianças, enquanto o sacristão, enxugando-lhes os lábios, entoava alegremente um cântico que dizia que as crianças tinham comido o corpo de Deus e bebido o seu sangue”.

Esta descrição do escritor russo mostra de uma forma brilhante e quase comovente como as crianças desde tenra idade eram habituadas ao doce sabor do néctar dos deuses. Através desta liturgia, garantia-se, por um lado, que a pequenada iria seguir de bom grado os desígnios de Deus e por outro que a cultura do garrafão perduraria ao longo de gerações, evitando-se que caíssem nas garras tentadoras dos DZR´T da altura.

Contudo, este ritual foi inexplicavelmente abandonado. Apenas subsistiu em remotas zonas do nosso país através das famosas e aconchegantes sopas de cavalo cansado. Apesar do padre continuar a dizer na altura da consubstanciação do vinho em sangue “tomai todos e bebei” só ele é que emborca, feito lambão, o vinho todo, não observando o valor da partilha, como Jesus Cristo tão profusamente difundiu entre os seus discípulos.

Por isso, em nome dos Nanikos FC, faço um apelo ao Patriarca de Lisboa, Dom José da Cruz Policarpo, que envide todos os esforços no sentido de que esta edificante liturgia volte a entrar na eucaristia dominical. Seria quase como o paraíso na terra, passe a expressão, ver o padre do Fundão, por exemplo, a ensopar a hóstia sagrada em bom vinho tinto Alcambar colheita de 2003 ou mesmo num Cova da Beira de 2004 e a pô-la na boca de um petiz de 8 anos. Quando tal suceder, pode contar comigo na primeira fila da igreja em todos Domingos, caro Dom Policarpo.

Hoje em dia, mais do que nunca, precisamos de uma sólida aliança entre a cruz e o garrafão para fazer face às muitas tentações que afastam os jovens do caminho certo. Acredito que essa é igualmente a sua opinião.

Ode aos Nanikos

Fermentaram como vinho,
durante os 9 meses no ventro de suas mães.
De cálices tornaram-se taças,
transbordando uma rara sinfonia .
De olhos vendados encantam o mundo,
e entre seus dedos escoam magia.
Os seus pés fertilizam os campos,
humilhando qualquer deus.
Inigualáveis na terra, super homens de natureza,
nanikos fazem do preto branco.
Os instrumentos jorram lágrimas,
os músicos suicidam-se,
pois nem estes sabem como os acompanhar.

domingo, 24 de setembro de 2006

A Era da Orgia Fragmentada

A Era da Orgia Fragmentada

Um convite. Aceita-se a promessa do prazer.
Houve-se o swing despercebido na doce melodia do instante.
As mãos suam, as orelhas aquecem o peito rebenta.
O galo rompe o silêncio a vaca vira porca.
Há mercê da sede passeia-se nos corpos fundos de fungos,
onde os segredos crescem sobre formas geométricas.
O consolo torna-se em folhas de Outono - descoloradas e quebradiças.
A cidade suspensa desaba como um “pum”, ficando um cheiro nauseabundo.
A orgia é dos ovinos com caprinos,
a chocalharem entre si na calçada ao som de um compasso a três tempos.
Fogueiras de pautas de música que aquecem a noite,
cortam os lábios, queimam os olhos, agoniam os ventos inquietos.
Os animais salivam.
Vem aí mais um fragmento
Quem é?
Sou eu - responde a Cabra.

sábado, 23 de setembro de 2006

Ao Dinoussauro

O Dinissauro. Eu vi-o, numa rua perto da minha,
entre lúcido e ácido momento, com o mundo nas mãos.
O seu olhar traçava uma perpendicular ás raparigas,
ao mesmo tempo que o seu estômago bolsava um estranho cheiro a mar morto.
Naquele momento, enquanto a terra aparentemente adormecida,
o dinossauro despertava anunciando a eternidade.
Passeava nos sonhos das donzelas,tacteando avilmente os seus peitos
que brotavam vozes de desejo.
Todas as noites, a hora certa, tamanho animal uivava do cimo da colina,
num som estonteante, libertando um baba que escorria o monte, que acalmava
as queimaduras das virgens moças até as virgens santas.
Na única casa do monte, de uma pequena janela estava uma menina,uma linda menina, Heidi de seu nome.
O seu olhar doce e coração arritmado fez uma pergunta há muito desejada:
Como te chamas?
O dinoussaro parou o seu grito orgásmico como se tivesse a copular com mundo e disse o que nunca antes dissera:
Meu nome é Rui !
Já não havia tubarões no mar...

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Chico Time

Uma coisa feita a minha medida.....!!!
Ja foi numero 1 no top de musicas em inglaterra.....

Apreciem! ! ! ! !





http://www.youtube.com/watch?v=pvr4HcC4dG8

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Era uma vez um Mito

Havia um mito......
Havia um recorde a bater....
Um só nome: Nanikos !

Existia um mito milenar que assombrava todos os pescadores de todo o mundo, uma especie de monstro de lockness na barragem da marateca, o PAPA CÚS!

Desde de criança que os Nanikos e o mundo ouviam falar deste mito pela boca dos velhinhos, os grandes sábios que diziam que so os mais astutos é que um dia poderiam desvendar tal coisa....

Como é sabido os Nanikos são conhecidos pela sua capacidade multifacetada....Eles vingam no desporto: Futebol, ao que parece no Ping Pong (ver post debaixo),Pesca desportiva, nas Artes:Cinema com curtas de meio minuto (bombay), e agora na área das Ciências, concretamente em Biologia Marinha!


Foi durante então uma suposta pic nic à beira Marateca (de modo a enganar o hipotetico peixe) que os Nanikos o apanharam em flagrante uma nova especie: Não era Carpa nem Achigans mas sim o Papa Cus, á qual comunidade cientifica ficou xocada com tamanha descoberta, afirmando que era " A maior descoberta do Mundo, batendo a descoberta de 2005,tb dos Nanikos,onde uma espécie o "homem animal" de seu nome Gilberto, que a foder parecia um Leão!!



Um associado aos Nanikos, Marusso, que se encontra na foto em pré posição fetal, foi o isco utilizado pela equipa nanikiana aquando questionado pelo capitao da expedição dizendo " Vai ver se ali estou!!"

O capitão que chefiava a equipa, MC Joao Martinho (na fotografia em cima de xapéu) afirmou:
"Precisavamos de um isco, mas nao um qualquer, e apôs alguns estudos ele foi encontrado"...."Ele nao sabia que estava a ser utilizado, quisemos manter o elemento surpresa...conseguimos".

Marrusso apenas conseguiu transmitir duas palavras " Morrerei Feliz"

Mais um record foi batido!

Esta e para ti: CARAMELO (Mario) E BOMBINHA (Ruizito)

Um endereço de uma velha amiga perdido no meu msn "assaltou-me" abrindo uma janela disparando umas umas perguntas/afrimaçoes..ela tinha conhecido duas das maiores pérolas da beira interior!

(para que nao se confudem existem 2 ruis...o nosso e outro ke nao conehcem...)

O resultado foi:



*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:05:32)
conheço um rapaz ke te conhecia a ti e a uma ex namorada tua k agora n m lembroo nome

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:06:20)
seria mariana?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:06:28)
o rapaz é o rui mota de coimbra

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:06:33)
mas conhece-te do fundão

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:06:38)
sabes kem é?

**xicoxico says: (1:07:48)
rui mota?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:07:53)
oui

**xicoxico says: (1:07:59)
ke faz ele da vida?

**xicoxico says: (1:08:05)
conheço um rui

**xicoxico says: (1:08:07)
que tb te conhece..

**xicoxico says: (1:08:13)
mas esse do fundao..

**gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:08:25)
um rui k tb m conhece?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:08:30)
e esse o k é k faz?

**xicoxico says: (1:08:50)
o mesmo que tu

**xicoxico says: (1:09:20)
mas andou um ano em relaçoes internacionais..

**gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:31)
é o BOMBINHA!!!!

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:31)
lloooool

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:34)
ta no 3 ano do meu curso

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:35)
ahaha

**xicoxico says: (1:09:40)
bombinha?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:46)
mas eu praticamente n o ocnheço km e k ele s lembra dmim

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:47)
ahaha

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:09:48)
mt bom

**xicoxico says: (1:09:55)
bombinha pk?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:10:03)
sim axo k BOMBINHA TEM KKR COISA A VER COM O TALENTO DELE NO PING-PONG

**xicoxico says: (1:10:47)
uhm

**xicoxico says: (1:10:52)
isso e me desconhecido..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:10:52)
n n o rui dk eu falo tem ai os seus 22 anos

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:11:11)
e d ecoimbra mas estudava na covilha em ciencias da comunicação

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:11:25)
conhece-te do fundão pk era o controleiro da jcp de uma ex namorada tua i guess

**xicoxico says: (1:12:16)
aah sei

**xicoxico says: (1:12:18)
conheço

**xicoxico says: (1:12:50)
sim o rui

**xicoxico says: (1:12:57)
entao como fui para ai no meio

**xicoxico says: (1:13:09)
uhm..

**xicoxico says: (1:13:14)
desconfio..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:13:17)
hum?

**xicoxico says: (1:13:42)
essa tal rapariga tb anda colaborava com a jcp era?

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:13:49)
sei la

*xicoxico says: (1:13:53)
uhm..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:13:56)
eu so sei k ele tv a falar

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:14:05)
do fundao paraca e do fundao para la

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:14:08)
e reuteteu

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:14:10)
e eu disse

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:14:15)
no fundao so conheço dois tipos

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:14:27)
e disse os nomes


*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:00)
e ele disse k conhecia d facto um xico k era namorado d uma n sei das contas camarada nossa da jcp na altura em k andavamos todos no secundario

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:26)
e k era uma moça k ele adorav reuteteu e ke ele acompanhou knd foi responsavel da jota por coimbra

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:32)
é isso axo eu

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:45)
nao nao

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:48)
por coimbra nao

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:15:57)
cm nao

**xicoxico says: (1:16:02)
e deves estar a falar de uma Helena..

**xicoxico says: (1:16:06)
leninha..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:16:06)
essa era a unica maneira d ele t conhecer

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:16:10)
isso isso

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:16:23)
a leninha (com sotake da sbeiras)



**xicoxico says: (1:19:40)
julgo que ainda aconheces outro amigo meu..

**xicoxico says: (1:19:46)
que um dia falamos..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:05)
k amigo?

*xicoxico says: (1:20:12)
mario ..

*xicoxico says: (1:20:28)
julgo que era amigo de uma amigo teu..um francisco se nao me falha a memoria..

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:36)
ahahah

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:39)
O MARIO O CARAMELO!!

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:42)
amigo do xico borges

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:46)
UM SR PASSADO DA MOLEIRINHA

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:20:50)
k estuda direito na nova?


**xicoxico says: (1:20:54)
sim

**xicoxico says: (1:21:48)
estuda direito

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:21:56)
sim sim o ke fez akela fabulosa curta metragem

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:01)
k passou na cinemateca e tudo

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:03)
de seu nome

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:05)
canzana n sei k

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:07)
n m lembro

**xicoxico says: (1:22:10)
The Party is over 2..

**xicoxico says: (1:22:13)
The canzanas

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:14)
exacto

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:39)
o apocalipse mundial....a unica cidade que resta é o fundão......

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:22:57)
ha um aproibiçao geral por parte de um tirano de foder a unica gaja sobrevivente a canzana

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:23:01)
e o pessoal revolta-se

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:23:05)
e a cinemateca axou akilo genial

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:23:09)
este pais esta perdido

.....


*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:23:57)
tinha uns dialogos mt bons

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:24:12)
a lena e akela das tuas fotos nakele armazem bueeeda giro?


*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:24:17)
loool

*xicoxico says: (1:24:19)
essa é a clara.

gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:24:29)
ele tem uma pancada por personagens psicoticas n tem?

**xicoxico says: (1:24:31)
mas isto tem mt que se lhe diga..

....

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:42:58)
o bombinha e um gajo fixe apesar d nao gostar do godard

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:43:03)
na realidade ue tb n gosto

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:43:08)
por isso o bombinha e mm fixe

*gosto muito de ir fazer compras ao regresso as aulas!! says: (1:43:14)
O CARAMELO SERÀ SEMPRE O CARAMELO





segunda-feira, 11 de setembro de 2006

mais trailler´s

O maquinista:
http://www.grapheine.com/classiktv/classiktv_play.php?id=33939

Açorianos:
http://www.grapheine.com/futeboltv/play.php?id=4449

domingo, 10 de setembro de 2006

Liga dos Campeões...

http://en.uclfantasy.uefa.com

cógido para se juntarem à liga criada por mim (liga dos últimos) é 37808-9355
podem ganhar prémios...
Inscrevam-se!!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Novas fotos

Para aguçar o apetite enquanto nao saem as fotos das terras do xisto e enquanto não há mais crónicas aqui ficam fotos do acampamento ibérico de Alpedrinha e da 1ª pescaria na Marateca. De referir ainda que há mais fotos disponíveis no albúm da Assembleia Geral dos Nanikos gentilmente cedidas pelo Dr Aleixo.





quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Telemóveis e Ovos Cozidos

ATENÇÃO!!! (em especial para o bojo)

1 Ovo

2 Telemóveis

65 Minutos para telefonar de um telemóvel para o outro.

Montamos algo parecido com a imagem:

Iniciamos uma chamada entres os 2 telemóveis e deixamos durante 65 minutos aproximadamente…

Nos primeiros 15 minutos nada acontece;

Aos 25 minutos o ovo começa a aquecer;

Aos 45 minutos o ovo está quente;

Aos 65 minutos o ovo estará cozido.







Conclusão: a radiação emitida pelos telemóveis é capaz de modifcar as proteínas do ovo. Imagina o que ela pode fazer com as proteínas do nosso cérebro quando falamos ao telemóvel.

Terras do Xisto 2006 - Dia 1

22 de Agosto de 2006 – Dia 1
Nove da manhã. Acordo com o sol a bater-me na cara e com insectos a voarem irritantemente perto da minha cabeça. Agora me lembro, já não estou na minha cama no Fundão, mas sim num pinhal perto de Bogas do Meio. Mas Bogas do Meio nem sequer é aldeia do xisto, porque viemos até cá? Partimos na noite anterior do Fundão em direcção à Barroca para um primeiro checkpoint mas ao chegarmos a Lavacolhos encontrámos uma festa popular em honra de um qualquer orago. Pois bem decidimos parar para refrescar as gargantas secas com vinho. O Manolo diz que não gosta de vinho, vai ter que se habituar e nada melhor que um branco traçadinho para começar. Eu e o Marquito como somos os mais velhos damos o exemplo e bebericamos um calicezinho de tinto como os “Antigos”. Dirigimo-nos então ao recinto das festividades onde nos deparamos com uma velha glória ao microfone, nada menos que Leonel Nunes, o homem do cacete. Após termos sidos satisfeitos do pedido de cantar os parabéns ao Bio seguimos viagem para Silvares onde cumprimos nova paragem no renovado Mundo’s. Mais umas quantas taças de tinto depois estamos a seguir para a Barroca onde iniciamos uma tradição de viagem: tirar foto junto da placa indicativa da localidade. Mas ao encetarmos tal actividade somos perturbados por dois elementos da Guarda Nacional Republicana que por certo pensavam que queríamos levar a placa para venda de alumínio no mercado negro. Feitas as apresentações e tiradas as conclusões lá nos despedimos com desejos de boas noites e seguimos para a primeira aldeia do xisto, Barroca. Quão desiludidos nós ficámos ao constatar que o xisto é praticamente inexistente na Barroca. Talvez tenha sofrido muitos ataques do animal misterioso conhecido como Caxisto, uma criatura que aparentemente se alimenta de xisto. Ao não encontrarmos sequer um local para diversão condigna seguimos (por engano) para Dornelas do Zêzere onde nos enviam de volta para a Barroca e finalmente encontramos dois jovens que nos revelam existir uma festa em Bogas do Meio “com DJ e tudo”. Ora nem mais, pensámos nós. Rumo às Bogas do Meio (uma festa a visitar no próximo ano sem dúvida) entramos com espírito folião nas festividades e quando demos por nós estávamos em plena celebração com os Sons do Zêzere ao som da “Chouriça Negra”. Mais tarde, com pão de quartos a acompanhar o vinho tinto e a cerveja, embrenhámo-nos na populaça festiva dançante ao som do vocalista da banda que cantava “Ernesto tira a roupa, tira a roupa Ernesto” de modo a que um local cheio de vitalidade e empenho em mostrar os abdominais fizesse uma sessão de striptease para as senhoras e meninas presentes. Não só cumpriu a tarefa com total sucesso como ainda se vestiu de senhora e se passeou ao som da música. Conhecemos ainda um rapaz trabalhador na madeira emigrado em França chamado Gilberto que nos pagou alguns copos (que é como quem diz que nos chegámos ao balcão e nos apoderámos deles) e chegadas as cinco da manhã viemos dormir para este pinhal. Devo confessar que dormir bastante mal por duas razões, a primeira prendendo-se com o facto de estar a dormir no chão pela primeira vez em vários meses; a segunda por causa do Rui que ronca como um porco mesmo ao meu lado. E assim se passou a primeira noite de viagem. Concerteza um bom prenúncio para o resto da viagem.
Duas da tarde. Almoçamos num parque de merendas perto do parque de campismo de Janeiro de Baixo, depois de já termos estado em Janeiro de Cima, uma bela aldeia com um bonito bairro constituído por cerca de duas dezenas de casas em xisto (o nosso primeiro contacto com xisto). Tivemos também o nosso primeiro baptismo em Janeiro de Cima, numa praia fluvial com excelentes condições, a melhor em minha opinião que encontrámos em toda a viagem. Baptismo esse que o Rui, Manolo e Marquito repetiram na praia de Janeiro de Baixo. Como aldeia do xisto, Janeiro de Baixo é claramente inferior a Janeiro de Cima uma vez que tem muito menos casas de xisto e estão muito mais dispersas pela aldeia. Durante o almoço o Rui escreveu estas linhas no meu bloco de notas que passo a citar aqui:
“Agradeço a Deus por estar a escrever estas linhas uma vez que a Benedita me ia ceifando o mindinho. À parte desse incidente tudo corre pelo melhor: o moral das tropas continua em alta; o vinho continua a jorrar, qual catarata do Niágara; as aldeias do xisto continuam intactas apesar da funesta ameaça do Caxisto continuar a pairar por estas bordas.”
Seguimos viagem em direcção a Pampilhosa da Serra, onde paramos para pedir indicações para Álvaro, a próxima aldeia no trajecto. Um rapaz algo amaricado lá nos indica o rumo certo a tomar e cerca de meia hora depois (e umas 100 curvas tambem) chegamos a Aldeia de Álvaro, uma localidade situada à beira do rio Zêzere com a praia fluvial como principal atracção. E digo praia fluvial porque mais uma vez, xisto nem vê-lo. Baptismo concluído e pausa para refresco e pão de quartos seguimos viagem para Fajão. Situada às portas da serra do Açor, Fajão foi finalmente um regalo para os olhos no que diz respeito a aldeia de xisto. As casas completamente forradas desta pedra, nem os telhados escapavam, e as ruas estreitas igualmente de xisto preto. Uma localidade que serviu de base para a segunda noite, com direito a refeição confeccionada por profissionais no Juiz de Fajão (o único restaurante da aldeia) para acompanhar a vitória do glorioso por 3-0 sobre o Austria Vienna. Após o jantar fomos ao único café/mini-mercado da aldeia para refrescar as gargantas e conversar com a proprietária sobre a localidade. Descobrimos que para além de café e mini-mercado acumulava também as funções de taxista da aldeia (um clássico exemplo de monopólio capitalista) e finalmente chegada a meia noite somos gentilmente convidados a sair do estabelecimento e procurar lugar para passar a noite. Alguns minutos depois come-se um pão de quartos para aconchegar o estômago e seguimos para o miradouro da aldeia, localizador já fora do centro da aldeia (onde não eram admitidos carros, nem para cargas como nos confessou, queixosa a proprietária do mini-mercado). Um coreto portanto seria onde passaríamos esta segunda noite, que seria interrompida alguns minutos antes das duas da manhã por um grupo de jovens dos 12 aos 25 anos oriundos da capital que passavam férias numa localidade ali perto chamada Casal Novo, e procuravam o coreto ocupado por nós para descansar por umas horas. Conversámos um pouco com eles e oferecemos vinho tinto traçado com 7up (dizendo que era groselha) e algumas bolachas que a benjamim do grupo devorou num ápice. E foi assim a 2ª noite da viagem, sem sobressaltos de maior, apenas com mais picadas de insectos para chatear.

Terras do Xisto 2006 - Prólogo (Dia 0)

No rescaldo da digressão nanikiana pelas terras do xisto, vai ser publicado aqui o diário de viagem mantido por mim e pelo Rui (como não tenho cá quase nada dele vou esperar que ele escreva aqui). Sem mais demoras portanto, o prólogo para a viagem.

21 de Agosto de 2006 - Dia 0
E eis que dos escombros da (megalómana para uns, realizável para outros) Operação Marrocos nasce esta viagem pelas terras do xisto. Depois de muitas semanas de planeamento chega o dia D. Um dia que ficará guardado nas nossas memórias, por boas ou más razões o tempo decidirá.
A missão: completar com sucesso a visita às 23 aldeias do xisto situadas bem no centro de Portugal, vivendo como há 50 anos atrás (obviamente dentro dos possíveis), razão pela qual chegou a ser apelidada de rota dos "Antigos".
O transporte: um Suzuki Ignis 1.3 2WD com 5 anos e 62 mil quilómetros, companheiro inseparável de viagem.
A bagagem: alguma roupa; marmita composta de pão, queijo, chouriço e presunto; sacos cama para dormir na rua.
A equipa: a equipa que realizará esta difícil tarefa será composta por cinco elementos, tal como os dedos de uma mão firme ou disfuncional. Marquito, o geógrafo. Cai sobre ele a responsabilidade da idade (o ancião do grupo) e também a orientação nas terras inexploradas do xisto. Qualquer desorientação do grupo ou atrasos no programa serão da responsabilidade deste senhor. Rui, o comunicador. Como é lógico, ao visitarmos alguns dos locais mais recônditos do planeta faz sentido levarmos um perito na comunicação, pois certamente a barreira da linguagem linguística que nos separa destes povos não será facilmente ultrapassável. Manolo e Bio, os desportistas. Homens atléticos, capazes de desafiar qualquer barreira natural ou humana, serã eles os principais carregadores de piano do grupo. Finalmente chegamos a mim, cujas qualificações recaem em zonas longe das que necessitaremos. Como se pensará, e correctamente, não faz muito sentido usar "skills" informáticas no meio do mato onde vivem povos que enchem colchões com palha. Assim sendo as minhas funções cairão sobretudo no campo da fotoreportagem dos acontecimentos.
As mãos tremem-me e o suor escorre pela testa. Sei que durante a próxima semana a civilização tal como a conheço será uma miragem e terei que me adaptar à vida selvagem tal como um ponta de lança brasileiro se adapta ao futebol português. Certamente haverá muitas histórias para contar nos próximos dias (e noites), que ficarão registados neste bloco de notas, histórias sobre novas pessoas, lugares e culturas perdidas no centro de Portugal.
A noite começa a cair. A mala está quase pronta. A hora da partida aproxima-se...