segunda-feira, 17 de março de 2008

Não estamos sozinhos

Alegrem-se corações nanikianos! Não estamos sozinhos na luta pela criação de uma juventude alcoólico-desportiva. A prova disso é Patrice Sintzen, correspodente de A Bola na Europa central, mas sobretudo um Naniko dos sete costados, como o comprova o artigo publicado no jornal acima referido que passo a apresentar:

Para os adeptos do NAC, as vitórias podem escassear mas nunca a cerveja

A caneca em vez das taças

O NAC é o clube holandês que mais cerveja serve por espectador e os seus adeptos têm orgulho nesse dado. Ali, o prazer da bebida conta mais do que os resultados obtidos em campo.

Há ano e meio, a cidade holandesa de Breda estava dividida. A direcção do NAC, clube de futebol local que evolui na primeira liga, queria concluir um acordo com a cervejaria local Bavaria e deixar de lado os contactos com o gigante belga InBev.

A eventual mudança de patrocinador, porém, provocou uma pequena revolução na cidade, bem patente nas opiniões no jornal local, nas sondagens na internet, nos cartazes e nos protestos dos adeptos que se recusavam beber "mijo de mocho..." Parecia cómico, mas milhares de euros estavam em jogo, pois o NAC é o clube holandês que mais cerveja serve por espectador. Às vezes serve quase tanto como o Kuip de Roterdão ou o Arena de Amesterdão, que são duas vezes maiores.

Em Breda, têm orgulho destes dados. Num dos topos do estádio, um grande cartaz diz: "A única coisa que tememos é que a cerveja venha a fazer falta." Aí, os tambores são proibidos e os altifalantes não dão música após um golo. Os adeptos cantam coisas diferentes do que se ouve noutros estádios.

Estes conceitos têm inesperadas reperecussões desportivas. Assim, o treinador Ernie Brandts obteve sucessos que o clube não alcançava há muito tempo, mas o seu contrato não foi renovado. Razão: o futebol do NAC deve ser mais espectacular. Na boca dos adeptos do NAC, "espectacular" não quer dizer "bonito". Quer dizer "suado". E o NAC, esta época, apesar de ficar no topo da tabela, pratica um futebol calculista.

Quem introduziu este conceito no NAC, em 1975, na ocasião de um jogo particular frente ao Fortuna Dusseldorf, aquando da inauguração da iluminação no estádio, chama-se Bob Maaskant. É o pai de Robert Maaskant, que, a partir da próxima época, vai treinar o NAC.

Não se sabe se vai ter o mesmo sucesso desportivo que Ernie Brandts , mas isso não parece ser o mais importante. Em 30 anos, o NAC desceu várias vezes de divisão. Até teve dificuldades financeiras, sobretudo quando mudou de instalações. Mas nunca ninguém deixou de levantar uma caneca de cerveja!

1 comentário:

Joao Martinho disse...

Venha o toni treinar o benfica e traga o álvaro de novo que eles apoiam logo a criação de uma cervejaria benfica