
Chegou o SáDean (nao confundir com o "Sardine",dono da ímpar discoteca que move a noite fundanense ) !
Zidane das Beiras já era!
Fermentaram como vinho,durante os 9 meses no ventro de suas mães. De cálices tornaram-se taças, transbordando uma rara sinfonia. De olhos vendados encantam o mundo, e entre seus dedos escoa magia. Os seus pés fertilizam os campos, humilhando qualquer deus. Inigualáveis na terra, super homens de natureza, nanikos fazem do preto branco. Os instrumentos jorram lágrimas,os músicos suicidam-se, ninguem os é capaz de acompanhar!!
O erudito do futebol, Professor Neca, poderá estar a um passinho de dança dos nanikos. Segundo fontes fidedignas, o insigne professor mostrou vontade de instruir a turma nanikiana na próxima época. Actor principal na promoção do Desp. Aves ao escalão principal, justifica assim o seu insólito interesse: “Gosto muito das cerejas do Fundão. A minha avó era de lá. Um homem tem de criar raízes nalgum sítio e sempre gostei da minha avó e do pão com manteiga que ela me fazia.” Não alheio ao novo desafio de Neca, está também a amizade que mantém com Angeja há muitos e profícuos anos. Angeja, aliás, não se absteve de comentar as qualidades excelsas do glorioso professor: “Neca é o olhómetro ideal para catapultar o talento dos nossos jovens jogadores, é o timoneiro que precisamos para distinguir o norte do sul.” Neca considera, ainda, que é um privilégio viver no Fundão e ocupar uma posição de responsabilidade cívica no comando técnico dos nanikos. Assim, apesar da extraordinária temporada lograda no Liga de Honra (em que erigiram um busto ao herói das aves para gáudio das pombas caganeiras), problemas familiares e o receio de epidemia pública na vila das andorinhas forçam o Prof Neca a mudar de ares. Questionado sobre o seu futuro à frente dos nanikos, Neca garante que já está a planificar a próxima campanha, embora não descarte um breve regresso à promissora selecção das Maldivas, autêntico cativeiro de trutas. Quanto à estrutura da equipa de D. Policarpo, Neca promete colocar a pandilha nanikiana nos eixos e disciplinar o nosso rebelde sem causa - Vítor Punk -, que actualmente se encontra em estágio no Cairo, bebericando licores afrodisíacos com as ninfas manhosas do Nilo. Neste capítulo, Neca é claro: “Ou o Vítor atina, ou terá de rumar para o despromovido Escalos do Ópio.” Como se vê, orientar os nanikos passa por lhes devolver o espírito de grupo, nunca abdicando de lutar por um bom lugar. Mas nem tudo é um mar de cerejas em flor para o Professor. Algumas vozes de desagrado já se fazem ouvir. Manel Dentes de Leão, barman da tasca da Estação, foi peremptório: “O Neca não engana uma galinha alcoolizada. Professor, isto? Uma porra! Só diz disparates! Ando capaz de beijá-lo só para lhe tapar a boca!” |